Entrevista com Leonardo Mendes Nogueira, diretor da ALTAVE

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Publicado em: Folha Militar | Aeronáutica, Exército, Marinha, Ministério da Defesa.
Por Luiz Carlos Pereira Coelho/FM | 1 de agosto de 2017

FM: Como foi constituída a ALTAVE?

Leonardo: A ALTAVE começou com um sonho. Cinco amigos de faculdade querendo empreender e fazer algo diferente aqui no Brasil. No ITA começamos a discutir ideias do que poderíamos realizar a partir do nosso aprendizado. Várias ideias surgiram como questões de drones e de ensaios aerodinâmicos de prédios. Então o Bruno teve a oportunidade de ir para França fazer um estágio e depois ganhou outro na NASA, nos EUA. Eu fui para Alemanha onde, curiosamente tive contato com pesquisas da área de balões mais leves que o ar e comecei a estudar a serventia deles. Fiquei curioso porque alguém da Europa e dos EUA estudava esses balões. A partir daí verifiquei que esses balões têm uns aplicadores muito interessantes tanto para questões de uso militar quanto para uso civil. O pode balão pode ser usado como uma torre flexível para monitoramento e telecomunicações.
Em 2010 nosso grupo, fez o primeiro plano de negócio para disputar um concurso do Banco Santander de empreendedorismo. Fomos semifinalistas, e a partir dessa experiência seguimos em diante.
De dentro do nosso alojamento começamos a desenvolver e submeter projetos de subvenção de pesquisas para Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Ganhamos alguns desses projetos, e a partir daí, em 2011, começou a surgir a ALTAVE.
Passamos muito tempo nesse ritmo de desenvolvimento porque é uma tecnologia nova. Foi a partir de 2014 que começamos a vender os nossos produtos. Prestamos nossos serviços as Olimpíadas, Copa do Mundo, carnaval e nas fronteiras brasileiras com o Exército e a Marinha.

FM: Qual é a sua formação?

Leonardo: Fiz Engenharia Aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Boa parte do nosso corpo de engenheiros também vem do ITA. A gente se incubou dentro do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA). Muitos alunos se interessaram pelo nosso trabalho e participaram de suas iniciações cientificas com a gente. Hoje temos oito engenheiros do ITA trabalhando na ALTAVE.

FM: Onde se concentram as atividades da ALTAVE?

Leonardo: A nossa sede é no Brasil, em São José dos Campos (SP). Desde as Olimpíadas começou ter uma procura muito grande pelo nosso trabalho no exterior, então a ALTAVE está construindo parcerias, estratégias, na Ásia, Europa e América Latina. Estamos começando negociações com um parceiro norte americano. Nossa ideia é nos posicionarmos como uma empresa global com tecnologia brasileira indo para o mundo todo.

FM: Como surgiu a parceria entre ALTAVE e ABIMDE?

Leonardo: A ABIMDE – Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança – é um ótimo organismo para difundir a nossa tecnologia. Desde 2011 somos associados à ABIMDE. Nesse último ano ganhei a oportunidade de ser um dos diretores da ABIMDE e fazer parte das decisões da Associação.

FM: O que você acha da Folha Militar?

Leonardo: A Folha Militar é um excelente veículo simplesmente pelo fato de relatar o dia a dia das Forças Armadas e de trazer notícias positivas do que está acontecendo e empolgando tanto os militares quanto quem está envolvido no setor, a base industrial de defesa, para continuar nessa luta de tornar o Brasil um país cada vez melhor. Então, parabenizo a toda equipe do jornal pelo trabalho que está sendo feito. Acredito que a Folha Militar é hoje o melhor jornal de defesa do país.

Foto: Fernanda Aragão/ FM
Fonte: Folha Militar

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